A Justiça de Alagoas decidiu manter a prisão de Wesley Santana Sá e Adriano Santos Lima, suspeitos de envolvimento na chacina que resultou na morte de quatro pessoas no município de Arapiraca, no Agreste alagoano. A prisão preventiva foi decretada após audiência de custódia realizada na 9ª Vara da Comarca de Arapiraca no domingo (21).

Wesley e Adriano foram presos na cidade de Nossa Senhora da Glória, interior de Sergipe, na tarde de sábado (20). Segundo as investigações, eles teriam colaborado com o escultor e colecionador de armas (CAC), Reginaldo da Silva Santana, no crime e no ocultamento dos corpos dentro de um poço. As vítimas são os irmãos Letícia da Silva Santos, 20 anos, e Lucas da Silva Santos, 15 anos, a companheira de Lucas, Joselene de Souza Santos, 17 anos, e Erick Juan de Lima Silva, 20 anos, que seria o companheiro de Letícia.

De acordo com as investigações, Wesley é sobrinho de Reginaldo, o assassino confesso dos quatro jovens. Em seu depoimento à polícia, o colecionador afirmou ter cometido o crime após o sobrinho relatar que duas das vítimas teriam furtado um celular e um equipamento de seu trabalho. No entanto, a versão apresentada pelo CAC, que já teve sua prisão preventiva decretada, está sendo investigada.

Wesley e Adriano também prestaram depoimento e alegaram terem sido coagidos por Reginaldo a descartar os corpos das vítimas no poço. Essa versão também está sendo investigada pelas autoridades.

O caso chocou a população de Arapiraca, e o resgate dos corpos mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros de Alagoas na última sexta-feira (19). O trabalho de resgate, que durou cerca de 5 horas, foi realizado após a Polícia Civil acionar os bombeiros. Os corpos foram encontrados submersos a uma profundidade de 8 metros.

As investigações estão sendo conduzidas pela equipe da Delegacia Regional de Arapiraca, sob o comando do delegado Edberg Oliveira. As prisões dos suspeitos foram realizadas pelo Núcleo de Investigação Especial (NIESP) da Delegacia Geral de Alagoas, em colaboração com a equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) da Polícia Civil de Sergipe.

A sociedade aguarda por justiça e esclarecimentos sobre esse caso brutal que tirou a vida de quatro jovens e abalou a tranquilidade da cidade de Arapiraca.